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O que os seus relacionamentos amorosos dizem sobre você?

  • Foto do escritor: Fábia Vilas Bôas
    Fábia Vilas Bôas
  • 13 de jul.
  • 2 min de leitura
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Você já se perguntou por que tende a se apaixonar sempre pelo mesmo tipo de pessoa?

Ou por que, mesmo com histórias diferentes, o desfecho parece se repetir?


Na psicanálise, entendemos que os relacionamentos amorosos são espaços privilegiados onde o inconsciente se manifesta — com toda sua força, seus desejos, seus medos e seus mecanismos de defesa.


Amar é, em parte, recordar.


Recordar afetos, padrões e experiências que se inscreveram em nós antes mesmo que pudéssemos escolher.

Muitas vezes, sem perceber, projetamos no outro aquilo que não conseguimos lidar em nós: nossas carências, nossas idealizações, nossos traumas não simbolizados. A pessoa que escolhemos pode ocupar um lugar já conhecido, antigo, inconsciente.


A dependência afetiva, por exemplo, pode sinalizar uma tentativa de reviver uma ligação primária, marcada pela fusão, pelo medo da perda, pela ausência de uma separação psíquica amadurecida.

A negação aparece quando ignoramos os sinais do que não vai bem — para sustentar uma fantasia de completude, de salvação, de amor que cure todas as faltas.


Mas o amor, na perspectiva psicanalítica, não é sobre encontrar quem nos complete.

É sobre sustentar a falta, elaborar o desejo, reconhecer o outro como diferente de nós — e, ainda assim, desejar.

Relacionar-se implica risco, exposição, e também a chance de revisitar aspectos nossos que ainda não foram simbolizados.


A psicanálise não aponta culpados.

Ela convida à escuta, à travessia, ao desvelamento do que insiste em se repetir.


Se você sente que seus relacionamentos amorosos revelam mais sobre a sua dor do que sobre o seu desejo, talvez seja hora de se escutar de um jeito novo.

E nesse processo, a análise pode ser um espaço potente para que algo de diferente possa, enfim, acontecer.

 
 

Fábia Vilas Bôas

CBO - 2515-50

Psicanalista

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